Nas últimas semanas eu não tive tempo. Aliás, tive tanto tempo que fiz de tudo para esgotá-lo e, na matemática final, não sobrou nenhum. Muitos cálculos desse tipo não fazem sentido. Um deles, para não citar o da proporção produção de alimentos vs. fome no mundo, é o de um planeta com 7 bilhões de pessoas e... Continuar Lendo →
Petichismo (não confundir com petechismo)
Eu adoro animais: são curiosos, exóticos; têm uma maneira peculiar de ser, andar e se comunicar. Também adoro animais domésticos; sempre tive. Cheguei a ter aquário, calopsitas, hamsters, dois cachorros e quatro gatos, não apenas ao mesmo tempo e no mesmo apartamento, como sobre minha cama de solteiro, que também incluía a mim. Foi só aos vinte que descobri sofrer... Continuar Lendo →
O futuro nos engoliu (e não vai cuspir de volta)
Sabe aqueles filmes e livros de ficção científica, que a gente chama de ficção, mas morre de medo que se tornem científicos? 1984, Matrix, 2001 Uma Odisséia do Espaço? Já passamos de longe as datas antevistas pelos seus criadores, e ainda acreditamos que sejam ficção. Afinal, nada do que os filmes vislumbravam se realizou: não... Continuar Lendo →
Pré-fascistas vs. Pós-fascistas (Choques Culturais 4)
- Atenção: contém escatologias políticas - Cheguei na Alemanha em 2006; pouquíssimo tempo após a queda de Hitler e do muro de Berlim. Era o ano da copa do mundo nesse país que, alguns anos antes, sediara uma olimpíada proibindo seus atletas judeus de competir. Cientes das proibições, os outros 48 países participantes cogitaram boicotar... Continuar Lendo →
Folhas secas
Folhas secas no chão Esfacelam estações Passagens sem volta A faces do tempo Ao ontem que atava O vento que as sopra No peito que traz O tronco em que brota O pulso da hora Potência - paciência - De frutos futuros Florestas verão.
Hoje é dia de poema
Hoje é dia de poema, Mas sem ti me falta tema; Falta graça e até problema, Falta letra, falta esquema Que ampare, que alivie Mais um dia sem poema.
A morte é tão bonita
A morte é tão bonita: Não avisa que é vizinha, Nem que logo se aproxima; Deixa a vida infinita.
Se tu
Se tu me sonhas Eu te soo Se tu me adoras Eu me doo Se tu me asas Eu nos voo.
Pôr do sol
A cor que se põe É a dor que me sol
Há dias
Há dias dia-a-dia, há dias cada dia. Alguns dias são assim bem dias; Dias diários que passam, Que se passam diurnos em vão. Outros dias são giorni, journées, Jornadas em que se entra para nunca mais voltar; Para que nunca mais um dia seja apenas um dia, Mas um espaço, mais um passo, Diante da... Continuar Lendo →